26 de fevereiro de 2009

"Arguidos das Sociedades"

Escrito por N'cok Lama, Guiné-Bissau/Portugal
O tema pode parecer enfadonho, mas é uma suposta realidade que desde sempre acompanhou os nossos antepassados, vai nos acompanhar e está preparada para acompanhar as futuras gerações. Nós somos cidadãos dentro e fora dos nossos países e neste papel de cidadãos, somos julgados todos os dias pelos nossos prodígios e fracasso. Nunca ouvimos dizer que a “Sociedade” foi ao julgamento por ter cometido um delito, mas sim um cidadão. Ouvimos dizer que, algumas sociedades fracassaram, mas, para lhe dar corpo, escolhe-se a sociedade de uma determinada era. Se formos ver a suposta “Sociedade” é escolhida entre a camada de adolescentes, jovens ou adultos e não do Universo. Alguns países podem estar imunes a tal responsabilidade, porque os membros que representaram esta sociedade fizeram algo para se verem livres de tamanha culpabilidade. Ora, quando refiro que somos "Arguidos das Sociedades", quero com estas palavras entre aspas, chamar atenção para um facto que leva a cometer um suposto pecado que é o seguinte: muitos dizem – A SOCIEDADE ATUAL ESTÁ TOTALMENTE LOUCA! Ou seja, A SOCIEDADE ESTÁ PERDIDA!

Agora pergunto: Quem é a Sociedade? Eu reconheço-me como membro de uma sociedade. Assim sendo, não devo de modo algum (Posso estar enganado!) dizer que a Sociedade está perdida, porque considero a "Sociedade" como a cabeça que representa um corpo. Por isso, quando a cabeça se perde, não existe corpo nenhum que se sustenta, a não ser que seja o corpo de uma estátua. Pois, nessa Sociedade de estátuas, todos podem perder as suas respectivas cabeça e ambos ficam aí parados ou em um movimento relativo em relação a dos seus observadores. Com este tema, quero dizer que somos componentes privilegiados das Sociedades que representamos, se ao longo das nossas vidas não fizermos nada, somos julgados pelas nossas fracas condutas, pelo nosso fraco empenho. Isto é, somos julgados porque devíamos dar uma opinião, não o fizemos, porque não tivemos tempo e agora tudo está parado. A culpa não será dos Governantes, porque também somos governos de nós mesmos até isso ser provado contrário pelas "Sociedades" que nos Julgam.

De salientar que, logo aos 18 anos (para não blasfemar na idade em termos de tomada de compromissos para com a Sociedade), podemos fazer o nosso projeto, comprometermo-nos para com a nossa Sociedade. Assim, quando formos julgados por ela, possamos levantar a mão e defender-nos perante o Arguente (A Sociedade), provando a nossa inocência. Eu estou hoje a escrever estas palavras, porque não quero que a "Sociedade" me venha julgar quando já não existir. Muitos fizeram-no e hoje estamos a agradecer o seu desempenho. Só para dar alguns Exemplos flagrantíssimos: Albert Einstein; Blaize Pascal, Charles Darwin; Izack Newton; Nelson Mandela... Presumo que gostariam que uma destas pessoas batesse a vossa porta e vos convidasse para tomar um café ou para em conjunto pensarem o que querem das vossas vidas e de um futuro risonho para a vossa “ Arguente”, tenho plena certeza que, teriam rasgado o bilhete que compraram para ver a vossa famosa banda de música e seguir o homem como o fizeram os Doze Apóstolos de Jesus Cristo, ao abandonarem os seus afazeres, sem promessas seguiram-no. Querem ser Homens de amanhã? Então, Convido-vos a refletir perante esta nossa condição de "ARGUIDOS DAS SOCIEDADES". Não queremos ser julgados por algo que não fizemos e tivemos tempo de o fazer! Pois então, porque é que estamos tão passivos, digamos alguma coisa, pode ser que entre nós apareça uma figura proeminente. Se a rir se constroem os costumes, porque é que estamos sérios?,

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