26 de fevereiro de 2009

Crianças criam crianças

Escrito por Eva Gedris, Lituânia/Polônia

Escrevo por e-mail, agora é meia-noite. Eu já na cama e na minha cabeça a rodar pensamentos.

Não faz muito tempo (não me lembro em qual país) uma criança de 12 anos tornou-se pai. Sua namorada de 15 anos deu-lhe de presente uma filha. Obscuro.


Na idade deles eu sonhava com casamentos, onde o vestido branco simbolizava a castidade. Como tudo muda. As crianças crescem mais rápido, tornam-se pais. É assim que nossa sociedade aperfeiçoou-se. As crianças, os jovens, sem um pingo de teoria se relacionam. O que fazem nesta altura os pais, professores, padres, meios de comunicação e outros tantos responsáveis em informar? Se não estou enganada, já se passaram algumas décadas que não há nas escolas da Lituânia uma matéria como „preparação para a vida em família“ e vemos os resultados: aumentou 50% os casos de separação, cada vez mais aumenta o número de mães com pouca idade, na televisão a todo momento notícias sobre violência contra bebês, abortos. É este é o modelo de família que a sociedade de hoje cria? Aquela que segue a teoria da „aprendizagem por toda a vida“, se apoia em valores, procura realizar os objetivos da vida?


As pessoas de nossa civilização tem a capacidade de usar os preservativos que os reclames anunciam, mas conversar com suas crianças sobre o que pode, e o que não pode, aí já é tabu. Os pais deixam estes temas para a escola, mas lá não se consegue, não se quer, ou não pode de forma apropriada passar aquilo que é necessário passar de acordo com a idade das crianças. Vergonha.


Castidade já não é um valor, apenas algo que se tem e procura-se quanto mais rápido desfazer-se.

Para os pedagogos das escolas é obscuro, pois a gravidez em menores transforma-se em norma. „Nem és a primeira nem última“, diz a direção da escola. Vem a pergunta: o que se faz para que seja a última? Nada.


Voltemos para o exemplo anterior. Aquele pai com o rosto de criança tornou-se famoso, vários meios de comunicação concorrem por uma entrevista com ele. Fala-se quanto renderá para ele sua biografia. Isto é tolerância ou motivação para outras crianças? Pois se o resultado de tal comportamento é: crianças criam crianças, crianças casam-se e crianças se separam.

Criemos um futuro melhor para nossas crianças e comecemos a conversar com eles já hoje,

"Arguidos das Sociedades"

Escrito por N'cok Lama, Guiné-Bissau/Portugal
O tema pode parecer enfadonho, mas é uma suposta realidade que desde sempre acompanhou os nossos antepassados, vai nos acompanhar e está preparada para acompanhar as futuras gerações. Nós somos cidadãos dentro e fora dos nossos países e neste papel de cidadãos, somos julgados todos os dias pelos nossos prodígios e fracasso. Nunca ouvimos dizer que a “Sociedade” foi ao julgamento por ter cometido um delito, mas sim um cidadão. Ouvimos dizer que, algumas sociedades fracassaram, mas, para lhe dar corpo, escolhe-se a sociedade de uma determinada era. Se formos ver a suposta “Sociedade” é escolhida entre a camada de adolescentes, jovens ou adultos e não do Universo. Alguns países podem estar imunes a tal responsabilidade, porque os membros que representaram esta sociedade fizeram algo para se verem livres de tamanha culpabilidade. Ora, quando refiro que somos "Arguidos das Sociedades", quero com estas palavras entre aspas, chamar atenção para um facto que leva a cometer um suposto pecado que é o seguinte: muitos dizem – A SOCIEDADE ATUAL ESTÁ TOTALMENTE LOUCA! Ou seja, A SOCIEDADE ESTÁ PERDIDA!

Agora pergunto: Quem é a Sociedade? Eu reconheço-me como membro de uma sociedade. Assim sendo, não devo de modo algum (Posso estar enganado!) dizer que a Sociedade está perdida, porque considero a "Sociedade" como a cabeça que representa um corpo. Por isso, quando a cabeça se perde, não existe corpo nenhum que se sustenta, a não ser que seja o corpo de uma estátua. Pois, nessa Sociedade de estátuas, todos podem perder as suas respectivas cabeça e ambos ficam aí parados ou em um movimento relativo em relação a dos seus observadores. Com este tema, quero dizer que somos componentes privilegiados das Sociedades que representamos, se ao longo das nossas vidas não fizermos nada, somos julgados pelas nossas fracas condutas, pelo nosso fraco empenho. Isto é, somos julgados porque devíamos dar uma opinião, não o fizemos, porque não tivemos tempo e agora tudo está parado. A culpa não será dos Governantes, porque também somos governos de nós mesmos até isso ser provado contrário pelas "Sociedades" que nos Julgam.

De salientar que, logo aos 18 anos (para não blasfemar na idade em termos de tomada de compromissos para com a Sociedade), podemos fazer o nosso projeto, comprometermo-nos para com a nossa Sociedade. Assim, quando formos julgados por ela, possamos levantar a mão e defender-nos perante o Arguente (A Sociedade), provando a nossa inocência. Eu estou hoje a escrever estas palavras, porque não quero que a "Sociedade" me venha julgar quando já não existir. Muitos fizeram-no e hoje estamos a agradecer o seu desempenho. Só para dar alguns Exemplos flagrantíssimos: Albert Einstein; Blaize Pascal, Charles Darwin; Izack Newton; Nelson Mandela... Presumo que gostariam que uma destas pessoas batesse a vossa porta e vos convidasse para tomar um café ou para em conjunto pensarem o que querem das vossas vidas e de um futuro risonho para a vossa “ Arguente”, tenho plena certeza que, teriam rasgado o bilhete que compraram para ver a vossa famosa banda de música e seguir o homem como o fizeram os Doze Apóstolos de Jesus Cristo, ao abandonarem os seus afazeres, sem promessas seguiram-no. Querem ser Homens de amanhã? Então, Convido-vos a refletir perante esta nossa condição de "ARGUIDOS DAS SOCIEDADES". Não queremos ser julgados por algo que não fizemos e tivemos tempo de o fazer! Pois então, porque é que estamos tão passivos, digamos alguma coisa, pode ser que entre nós apareça uma figura proeminente. Se a rir se constroem os costumes, porque é que estamos sérios?,

Semente - Johann Olav Koss

"A bola para combater a miséria"

Johnn Olav Koss nasceu em 29 de outubro de 1968 na Noruega. É um dos maiores patinadores da história. Em 1990 tornou-se pela primeira vez campeão mundial e daquele ano em diante ganhou 7 títulos mundiais e 4 medalhas de ouro olímpicas. Obteve 10 recordes mundiais.

Em 1994 ele encerra sua carreira e torna-se embaixador da UNICEF e membro do Comitê Olímpico Internacional.


Koss fundou a organização Right To Play, que tenta usar o esporte como meio para combater a miséria no mundo. O seu alvo principal são as crianças, tentando, atravéz do esporte, ensiná-las sobre a importância do trabalho em equipe, da força de vontade, do respeito a sí e ao próximo, da responsabilidade. Sabendo que estes valores tem como resultado o bem de toda a comunidade.

Os projetos desta organização, que tem sua sede no Canadá, já estão em desenvolvimento em 23 países, como por exemplo no Chade, Etiópia, Guiné, Líbano, Ruanda, Tailândia. Já atingi 500 mil crianças.


Muitos atletas apoiaram e apoiam esta idéia. Um exemplo é o patinador americano Joey Cheek, que doou para a organização o prêmio em dinheiro que recebeu ao ganhar a medalha de ouro nas Olimpíadas de Inverno de 2006.


Johnn Olav Koss conta que no início os jornais da Europa, EUA e Canadá ironizavam dizendo que “ele está tentando levar a bola para aqueles que esperam comida”. Porém da boca das pessoas das comunidades onde atua há apenas o apoio incondicional. Um membro de uma das comunidades disse que muitas organizações por alí passaram trazendo alimentos, mas é a Right to play que veio tentar alimentar a alma das pessoas,


*Abaixo um clip da organização Right To Play:



Obs.: na segunda foto Joey Cheek e Johnn Olav Koss
*O site oficial da organização é http://www.righttoplay.com/site/PageServer?pagename=homepage

Vladas Bartochevis

Falar a esperança - terceira lição

Esperanto - Português

Kia demando, tia respondo. - Qual pergunta, tal resposta
Kia la vivo, tia la morto. - Qual a vida, tal a morte
Kia la arbo, tia la frukto. - Qual a arvore, tal os frutos
-aro
Arbo - arbaro (árvore - floresta)

P.s.: o final -aro ajuda a criar o substantivo, que significa um determinado grupo de determinada coisa.

Preparou: Dalicija Szuszczewicz