4 de maio de 2009

Objetivo

Primeiro texto da Vírgula, escrito em 11 de novembro de 2008:

Temos a tendência de colocarmos o ponto final, não apenas no que escrevemos, mas também depois daquilo que sentimos inesperadamente, depois daquilo que pensamos passageiramente, depois daquilo que olhamos rapidamente. Por que nao irmos mais além?

Este é o motivo de termos criado este espaço, colocarmos uma vírgula e escrevermos mais, vermos mais, pensarmos mais, sentirmos mais.
Que aqui todos nós possamos plantar e também colher pensamentos e idéias. Um espaço aberto à todos para dividirmos nossos pensamentos, lembrando que o mais simples dos pensamentos, assim como o mais complexo, sobre a política de nossa era ou o orvalho desta manhã, independentemente da complexidade, é alimento de mesmo valor aos nossos pontos de vistas.
E por que isto é tão importante? Pois é assim que se caminha para a compreensão, a qual leva ao entendimento, à ajuda mútua, ao crescimento em todas as esferas no sentido do bem estar comum,

Vírgula

22 de março de 2009

Matar em nome da liberdade?

Escreve Dorota Snočik, Espanha/Polônia/Lituânia

Como todos sabem, em alguns países o serviço militar é obrigatório, como na Lituânia, Letônia, Polônia e etc. Outros países, como Espanha, França ou Itália também tem os seus exércitos, mas o serviço militar é voluntário. Pois é óbvio que sempre haverá pessoas que irão querer aprender o manusear de armas e que em certos momentos poderão atirar em nome da sua nação, e então por espontânea vontade servirão ao exército.

Vem a pergunta se ainda é necessário a obrigatoriedade do serviço militar? Ou se ainda as pessoas terão que procurar todos os meios para se verem dispensados de tal obrigação(Como muitas vezes acontece na Lituânia)? Realmente queremos que alguém mate em nome de nossa liberdade ou por motivo que normalmente não são tão claros? Qual é vossa opnião sobre isso?

Falando sobre este tema podemos lembrar de Israel, que nos últimos tempos sempre está nas notícias. Em Israel o serviço militar é obrigatório tanto para homens como para mulheres. Na lista para as forças armadas estão até mesmo imigrantes (!). Todavia mesmo lá, onde há um conflito sério com a Palestina, aparece pessoas que se negam a entrar para o exército e lutar contra o inimigo apontado. Shministim, um movimento de alunos em Israel, que por vários motivos são contra o derramamento de sangue e guerras, muitas vezes são punidos e perseguidos.

Realmente um grupo de soldados são capazes de conquistar a nossa liberdade, no sentido verdadeiro da palavra?

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Escreve Eduardo Mendes Barbosa, Brasil

Há muito tempo os exércitos são usados, não como uma alternativa de DEFESA de uma nação, mas como um
instrumento de medo e soberania em defesa de GOVERNOS que agem como se fossem os “escolhidos divinos” e não
como os escolhidos da nação para imporem interesses que julgam serem corretos. Estes interesses na maioria das
vezes estão atrelados ao poder econômico.

Acho que nestes países que por tradição entram muitas vezes em conflitos territoriais, como Israel, é bem mais
difícil mudar a obrigatoriedade de servir ao exército do que em países que não tem, em sua história recente,
conflitos deste tipo. Minha preocupação é se existe a possibilidade de ir contra isso apenas impondo ideias e
discutindo soluções, sem a utilização de armas,

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Escreve Kristina Survilaitė, Lituânia
Desde os tempos mais remotos as pessoas discordavam-se, lutavam-se uma contra as outras, isto está em nossos genes. Um dos motivos de criar o Estado foi a defesa contra os inimigos externos. Se olharmos para o exército do ponto de vista dos direitos da pessoa, então claro que assassinatos, não importa com qual objetivo, ou defendendo a nação ou estravazando a raiva, seria não permissível, mas não é atoa que mesmo países muito evoluidos do ocidente em seu sistema judiciário e em leis internacionais, regulamentando os limítes do uso da violência, faz ser legítimo o uso de métodos violentos, e um destes momentos é numa guerra por exemplo.

Na minha opinião o exército é necessário, a pergunta é qual o limíte do uso da força.
De acordo com as leis internacionais é proibido a intervenção de um Estado no território de outro Estado, mas no século XXI ainda não é descartavél uma coisa assim. Excelente exemplo é a guerra entre Rússia e Geórgia. Mesmo que na minha opinião a comunidade internacional interveio muito pouco neste conflito, mas influência mesmo assim de alguma forma houve. Um Estado depois da guerra pode ser isolado e e expulso da comunidade internacional, isto é um castigo terrivel ao Estado.
Pois então, o exército é necessário, mas eles devem existir para garantir a independência e a defesa do território de um país, e não para a defesa de interesses de determinados grupos politicos ou pessoas influêntes.

Mas sou a favor de um exército prifissional, se a pessoa não quer servi-lo, não deveria ser obrigado. Na minha opinião isto feriria os direitos humanos, pois nunca se deve obrigar alguém a oferecer sua vida . Se há pessoas que fazem isso por espontânea vontade e quer dedicar sua vida às forças armadas, para que precisamos traumatizar pessoas e obriga-las a servir,
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Escreve Frank Van der Berg, Holanda

Tão pouco que eu sei sobre a organização de Shministim, parece que é um movimento que merece todo o respeito. As pessoas e líderes em Israel só precisam entender que uma nação é uma comunidade ‘imaginada’. É um tipo de ‘ideal’ (sem que eu diga que é um bom ideal) que numa parte geográfica limitada mora só um povo ou pelo menos este tem todos os direitos para oprimir os outros, porque o país seria destinado para aquele povo. Em quase todos os países há algumas problemas assim, pessoas que não podem aceitar a realidade que moram estrangeiros no país delas. Acho que deve ser o direito de todos refusar o serviço militar. Toda a gente que é em favor da liberdade de expressão precisaria pensar assim, porque o serviço militar obrigatório nos deixa lutar para ideais do governo de um país em que nascimos por acaso.

Do outro lado, podemos votar e assim temos influência na opinião geral do país. Talvez seja bom quando a maioria da nação quer que o indivíduo lute para a nação, que isso acontece. Se não seja assim, o governo provoca descontatamento (porque a democracia não está funcionando).

Mesmo assim, a minha opinião não muda. Não é bom para um indivíduo com intenções pacifisticas lutar numa guerra, e representar lá um conceto vago como a ‘nação’. Ele podia estar filosóficamente no outro lado, como um alemão anti-nazista na segunda guerra mundial. Por isso, penso que deve ser um direito de refusar o serviço militar. Se não, o indivíduo risga morrer para idéais que não compartilha.

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Escreve Aušra Bučytė, Lituânia
Nunca refleti sobre isso se o serviço militar deve ou não ser obrigatório. Na verdade sou a favor de que haja exército, mas não necessariamente que anualmente jovens sejam chamados para ele. Acho que o correto é haver para todos os homens um treinamento curto de algumas semanas, assim não haveria um longo periodo longe da família e amigos, não precisaria deixar estudos ou trabalho. Mas com as mulheres a situação é totalmente diferente. Não penso que Israel age corretamente, quando obriga tanto homens como mulheres, pois a mulher por natureza é destinada não a isso. Mas acho que elas tem que ter o direito de escolher se querem ou não servir, quando são fortes suficientes, querendo aprender o que é um exército.
A última idéia vinda deste tema é que a civilização comtemporânea não é uma selva. As guerras contemporâneas são feitas de palavras e ideias. Apenas delas e não de armas, podemos resolver qualquer problema, resolver todos os desacordos, negociar. E como seria bom se isso compreendesse não somente nós, mas e outros países: Irão, Israel, Estados da Àfrica,
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Escreve Vladas Bartochevis, Lituânia/Brasil

São relevantes as posições daqueles que defendem a obrigatoriedade do exército e daqueles que são contrários.

Aqueles que são a favor dizem que é necessário que todos os cidadãos saibam manejar armas e o que é uma situação de guerra. Dizem que nosso povo pode ser pacífico, mas nunca se sabe as intenções de um país vizinho, e todos tem de estar preparados para defender sua nação dos perigos.

Os contrários dizem que já foi muitas vezes provado que um exército profissional, mesmo que seja bem menor, tem muito mais eficácia do que um exército maior de amadores que sempre vestiram os uniformes apenas por obrigação.

E além deste argumento há o fato de ser uma agressão ao ser humano obrigá-lo a fazer o que não se quer. Sempre achei uma arrogânia imensa dos Estados verem o cidadãos como seus instrumentos, quando deve ser o contrário.

Cada um deve ter o direito de escolher os rumos da sua vida... se quer fazer parte de um grupo de soldados, ou de um grupo de médicos, de engenheiros, de carpinteiros, etc. Pois assim vê-se não apenas o uniforme, mas fica também vizivél o coração e a alma, essenciais para qualquer sucesso,

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Escreve Pedro Ivo(Hadenes), Brasil

{Devemos sempre nos perguntar qual é o senso de nacionalismo? Amar a cultura em que vive? Em que nasceu? Ser fanático pela bandeira do país?
Eu particularmente não sou nnacionalista extremista, gosto muito pouco da cultura do país em que nasci. Agora isto é errado? Com certeza não...
As guerras servem pra defender algo em comum em ambos os lados das froteiras inimigas...pode se haver um crescimento na guerra quando omais forte se torna vencedor dos fracos...mas nem sempre esses fortes são bons como podemos ver na história tanto religiosa como politica...na verdade são fracos mascarados de fortes...enganadores no fundo de si...
Acho que o mundo não chega mais a este pensamento, mas a humanidade só evoluira quando deixar esse patriotismo descabido e sem proporções.
A humanidade só evoluirá quando tiver a mentalidade não de país, mas que o MUNDO, o planeta terra em geral é seu país!),

Semente - Shministim, Israel

Shministim é um movimento de estudantes em Israel que tem como objetivo a luta contra o derramamento de sangue e a guerra. Eles se negaram à servir o exército em Israel. Por seu comportamento são muitas vezes punidos e perseguidos.

Shministim são jovens de 16, 17, 18 anos, os quais sonham com a paz entre israelenses e palestinos, e em todo o mundo. Com a organização Jewish Voice for Peace Shiministim tenta fazer com que o maior número possível de pessoas no mundo saibam sobre eles, para que o governo de Israel saiba que eles não estão sozinhos. Pelo seu "antipatriotismo" muitas vezes são levados à cadeia, são alvos de chantagens, espulsos das escolas e muito agressivamente criticados.

Houve algumas companhias internacionais contra as prisões dos Shiministim. Algums deles foram presos várias vezes.
Nos tempos de hoje uma das armas mais poderosas é a informação. Esta arma os Shiministim tentam usar: se o mundo souber sobre eles(e se preocupassem) isso poderia garantir a segurança deles.
Mais sobre eles é possível saber no site da organização Jewish Voice for Peace: http://december18th.org/. Neste site também pode-se juntar-se à lista de pessoas que apoiam os Shiministim.

Abaixo um curto video onde falam os próprios Shiministim, explicam porque resolveram irem contra as leis e políticos de seu país,


Escreveu Dorota Snočik

21 de março de 2009

Falar a esperança - quarta lição

Esperanto - Português

Ni ne vivas por mangi, seb mangas por vivi – Nós não vivemos para comer, mas comemos para viver.
Ni lernas, per ke ni sciu – Nós estudamos para saber.
Mi venis por vidi vin. – Vim para ver você.

Formas do verbo:
Esti - infinitivo (estar)
Estis - passado (estava)
Estas - presente (está)
Estos - futuro (estará)
Estus - condicional (estaria)
Estu - imperativo (esteja)

Organizou: Dalicija Szuszczewicz

Vírgulas do agora

Dia 08/03/2009
A minha vírgula de hoje seria esta... e então pergunto o que fazer: quando já não vejo mais cores, não há sabores, não sinto mais qualquer perfume, até mesmo o vento já não sopra em nenhuma direção...?

Dia 26/02/2009
Cada pessoa tem um poder incrível de influênciar o ambiente e as outras pessoas. Há pessoas que com sua paciência, sua atenção ou mesmo com seu simples sorriso ou simples presença enche a alma dos outros de entusiasmo, incentiva a ver nas pequenas coisas maravilhas, flores na neve, desenho nos muros cinzas... e há pessoas que com o simples olhar de raiva ou desprezo são capazes de confirmar qualquer teoria que viemos do pó, somos um amontoado de pó, e nos transformaremos em pó,

Dia 20/02/2009
Subi no autocarro(onibus), era bem cedo mas o sol já havia surgido. Nada se via pela janela, pois aqui na Lituânia estes dias estão muito frios, naquele momento estava por volta dos -8 graus. E quando é assim, pelas janelas dos autocarros nada se vê, pois congelam-se. Mas o gelo que se forma nas janelas as vezes tomam forma de flores, assim como neste dia. Belíssimos desenhos de flores por todas as janelas... Pensei em duas coisas: a natureza tem a tendência natural para a beleza, não é necessário as mãos dos humanos. A segunda coisa é que a beleza está em toda parte, a pergunta é apenas uma: como olhamos?,

Dia 12/02/2009
Obriga a pensar... hmm... e se penso, significa existo? Estar e existir significam duas coisas diferentes eu acho... mas eu gostei dos seus pensamentos, espero mais!!!
Anômico

Dia 10/02/2009
Andava por uma loja de eletronicos e observava os novos televisores, apenas por curiosidade, pois os preços minimos eram de 3 mil euros. Quanto mais andava encontrava mais modernos e caros televisores. Por ironia eles estavam ligados no canal CNN, o qual apresentava uma reportagem sobre as crianças de Uganda, que mal tem lápis para escrever na escola, a qual nem cadeiras tem... interessante momento para mim,
Vladas

Dia 05/02/2009
O que é um louco? Aquele que desviou-se da realidade? Ou da vida estandartizada, onde a essência da vida são as expectativas, quando apenas espera-se e tenta-se não decepcionar?,
Vladas

Dia 28/01/2009
As pessoas nasceram, assim como as árvores, enraizar-se e depois se expandir para todas as direções, sem limites. Tudo o que limita a liberdade, não sendo para a proteção da liberdade do outro, é contra a naturalidade do ser humano,
Vladas

Dia 04/01/2009
Andam o avô e o neto, o neto pega a neve e tenta fazer uma bola, o avô explica que a neve deve estar húmida para isso... Bonito perceber aquele momento, o qual sabemos que a criança guardará para sempre,
Vladas
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Dia 29/11/2008
Não é a primeira nem a segunda vez que penso em alguém e esta pessoa também está a pensar em mim. Fico a saber quando resolvo telefonar ou escrever para ela.
Telepatia? Não sei nomear, mas sei que posso ser categórico em uma coisa: há muito mais do que a ciência e os olhos podem enxergar,
Vladas
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Esperava o autocarro sentado num banco e olhava o relógio. Em minha cabeça trabalho, estudos, contas e outras mil coisas. Uma criança pára em minha frente sorrindo e demorei alguns segundos para lembrar de sorrir também... Há algo de errado quando é necessário raciocinar antes de responder ao sorriso de uma criança,
Vladas 13/11/2008

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Estive a visitar um senhor, com cerca de 70 anos, muito bem disposto. Ele me mostrava fotos de 30, 40, 50 anos atrás...de repente olha para mim perdendo o sorriso que estava firme desde que cheguei e diz: "parece que foi ontem",
Vladas 11/11/2008

15 de março de 2009

Escrito por Vladas Bartochevis, Lituânia/Brasil
Falava com alguns amigos sobre a sensação de que o tempo está a caminhar mais depressa.
Parece que um ano demorava mais tempo, o mês era mais longo, o dia passava mais devagar.
Porém não podemos culpar o relógio. Os seus ponteiros estão a caminhar no mesmo ritmo de sempre, são nossos olhos que estão cada vez mais virados para o passado e o futuro, e quando lembramos de olhar novamente para os ponteiros assustamo-nos que o dia já acabou, que a semana já acabou, que o ano já acabou, que a vida passou.

Olho para o relógio e o ponteiro passa pela quarta hora da tarde, neste mesmo horário ontem estava a ler um livro perto da janela, e um instante de segundo ainda dúvido que isso foi a 24 horas atrás, e não a alguns minutos, como parece.
Já faz uma semana que organizei e escrevi a Vírgula e cá estou novamente, parece que foi ontem.
Parece que faz tão pouco tempo que eu estava com a bicicleta, o Eduardo com os patins, e passeavamos no Ibirapuera num domingo ensolarado de novembro, pensando onde estariamos daqui 10 anos... e não me lembro que mencionamos nem 10% daquilo que hoje é nossa vida. Então tento me esforçar para lembrar tudo aquilo que passou no Meio entre aquele dia e hoje, e mudou tanto assim os planos.

Aquilo que está no meio entre a semana passada e esta semana, aquilo que está no meio entre as 4 horas da tarde de ontem e as 4 horas da tarde de hoje, aquilo que está no meio entre aquele domingo de verão do Brasil e esta quarta-feira de início de primavera da Lituânia: foi a vida. Este exato momento que passo os olhos por esta palavra: é a vida. E a grande tragédia é quando não percebemos isso.

Este Meio entre este momento presente e o dia de amanhã, e a semana que vem, e o ano que vem quanto mais cheio, mas curto parecerá tornar-se.
Uma solução é esvaziá-lo, não conhecer pessoas novas, não procurar descobrir novos lugares, se fechar às novas sensações ... uma vida vazia, mas que parece longa.
A única solução para uma vida plena que não passe despercebida, é aquilo que nos convida a antiga expressão latina Carpe dien. E é aquilo que certa vez minha professora de psichologia Jūratė Laurinavičiutė disse ser a unica maneira de frear o tempo e viver a vida: viver o aqui e o agora,
Escrito por Aušra Bučytė, Lituânia
O que é democracia?

As vezes da vontade de perguntar a alguém o que é democracia. Sei que posso encontrar resposta simplismente entrando na wikpédia, onde explica com palavras simples que é uma forma de governo onde todos os cidadãos tem o direito de participar, diferente de outras formas de governar onde este direito é reservado apenas para uma classe social ou um certo grupo... Mas o que fazer se esta resposta não me satisfaz? O que fazer se surgem perguntas?


Platão escreveu sobre o estado do bem-estar. Mais tarde estas palavras foram mencionadas por Kant, Hegel e outros grandes filósofos. Todavia ao criar sua visão de estado do bem-estar Platão por algum motivo não achou que isso seria possível fazer com condições ditas democráticas. Claro que isso pode ser explicado pelo contexto histórico, pois naquele momento Atenas não tinha nenhuma práctica democrática. Mas eu de forma nenhuma compreendo porque passados mil anos desde a criação da democracia antica, começado a criação dos estados atuais, entre os mais famosos cientistas e filósofos a democracia não tem tantos admiradores. Os pensadores dos últimos cem anos compara esta forma de governo com o depotismo. Talvez apenas no século passado ela é vista de forma mais suave, mas ainda há as opniões que a democracia real e seus objetivos visionados divergem-se.


A maior divergência pode-se dizer que é esta: a democracia representa a maioria, mas todos os cidadãos do país tem o direito de participar do governo. As eleições limitam o número de participantes. Cidadãos criam partidos políticos (até aqui isso é democrático), participa das eleições (ainda aqui tudo bem), são escolhidos quem vai para as instituições governamentais, e eis aqui, segundo muitos pensadores, a democrácia começa a desaparecer. Eles afirmam que os eleitos em termos democráticos formam uma minoria. E não bastasse isso, esta minoria esquece suas promessas e tendo previlégios começa a sentir-se num novo papel. As vontades dos cidadãos são divididas em duas partes: de acordo com as possibilidades em solucionáveis e não solucionáveis.


Pois então, a crítica é essa, que se entendemos que a democracia é o governo da maioria, como podesse entender que a minoria à representa? Claro que há muitos mecanismos, como instituições, que tenta ver as possibilidades de aceitação das soluções. Também podemos dizer, defendendo a democracia, que ela tem a obrigação (falando sobre o mundo de hoje) de garantir, e garante! a liberdade de todos os cidadãos, o direito à livre escolha.


Mas a pergunta continua sem resposta: porque a maioria dos pensadores famosos olham de forma duvidosa para a democracia? E por que mesmo assim ela é a principal forma de governo do mundo? Talvez podemos resolver os maus entendidos quanto a divergência do que deveria ser a democracia e do que ela é, dando à ela uma noção mais possível e correta? E para responder a pergunta porque mesmo assim a democracia é a forma de governo mais adoptada, podemos recorrer ao ditado popular: “dos males, o menor”?


Não sou opositora da democracia, mas concordo que ela não é ideal. Se todas as outras formas de governo são piores, resta então escolher somente um,

Semente - Raul Santos Seixas, Brasil

Raul Santos Seixas, 1945 - 1989 “Todo homem, toda mulher É uma estrela”



Ele não foi um anjo, longe disso. Todos sabiam que o seu problema com as drogas e do álcool foi muito sério, inclusive ele morreu em decorrência disto. Mas Raul deixou mensagens muito importantes que conseguem até hoje atingir a alma de muitas pessoas, desde os mais jovens aos mais velhos, despertando-as muitas vezes.

Raul Seixas foi um famoso cantor e compositor, considerado por muitos como um profeta do povo. Ele foi um gênio, com uma genialidade que todos entendiam. A simplicidade, ironia e humor eram sua matéria-prima.
É errado falar no pretérito de Raul, pois as palavras nas suas canções trazem verdades e buscas que foram, são e serão actuais.
A sua obra é tão genial que a cada novo estágio da vida ela tráz uma nova mensagem... é uma obra viva, onde podemos buscar conselhos sempre que precisarmos.

Brincando com o Rock and roll dos anos 50-60 e a música popular brasileira, fez músicas que até hoje multidões cantam.
Suas canções trazem temas cotidianos e profundos da vida, incentivando a busca do "eu" e repudiando a repetição irracional dos costumes e pensamentos, lutando de frente contra o conformismo e buscando sem medo a felicidade real.

Muitas vezes isso tocava a política. Raul sempre teve um grande problema com a censura (naquela época o Brasil vivia uma ditadura militar), e depois de lançar a canção Sociedade Alternativa, que era também um projeto, foi até mesmo preso e torturado, e teve que exilar-se nos EUA.
Quando a situação ficou mais calma retornou ao Brasil, mas ainda muitas de suas canções foram censuradas e nunca chegaram aos fãns.

A misticidade também sempre acompanhou a obra de Raul Seixas, principalmente quando compunha letras com o escritor Paulo Coelho. Desta parceria surgiu canções com grande profundidade e carregadas de segredos da vida, que tornaram-se hinos para muitos. Como por exemplo a canção “Gita” de 1974, que foi escrita pela dupla inspirando-se no texto sagrado hindu Bhagavad Gitã (A canção de Deus).

Paulo Coelho certa vez disse: “Raul Seixas não é passado, é presente! Futuro!”

Abaixo colocarei alguns trechos de algumas músicas, para que possamos perceber um pouco do que o “Maluco Beleza” queria nos passar:

Sociedade Alternativa
composição: Paulo Coelho e Raul Seixas
“Se eu quero e você quer Tomar banho de chapéu Ou esperar Papai Noel Ou discutir Carlos Gardel
Então vá! Faz o que tu queres Pois é tudo Da Lei!
"-Todo homem, toda mulher É uma estrêla"
Viva! Viva A Sociedade Alternativa...”

"Gita"
composição: Raul Seixas e Paulo Coelho
“Eu sou a luz das estrelas Eu sou a cor do luar Eu sou as coisas da vida Eu sou o mêdo de amar...
Eu sou, eu fui, eu vou..
Gita! Gita! Gita!
Eu sou a vela que acende Eu sou a luz que se apaga Eu sou a beira do abismo Eu sou o tudo e o nada...
Eu sou o início O fim e o meio...”

Carpinteiro do Universo
composição: Raul Seixas e Marcelo Nova
“Não sei por que nasci pra querer ajudar a querer consertar O que não pode ser...
Estou sempre, pensando em aparar o cabelo de alguém.
E sempre tentando mudar a direção do trem.
À noite a luz do meu quarto eu não quero apagar,
Pra que você não tropece na escada, quando chegar.
Carpinteiro do universo inteiro eu sou...”

Tente outra vez!
composição: Raul Seixas/Paulo Coelho/Marcelo Motta
“Queira! Basta ser sincero E desejar profundo Você será capaz De sacudir o mundo, Vai!
Tente outra vez! E não diga Que a vitória está perdida Se é de batalhas Que se vive a vida
Tente outra vez!...”

"Metamorfose Ambulante"
composição: Raul Seixas
“Eu quero dizer Agora o oposto Do que eu disse antes
Eu prefiro ser Essa metamorfose ambulante Do que ter aquela velha opinião Formada sobre tudo
Sobre o que é o amor Sobre o que eu Nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela Amanhã já se apagou Se hoje eu te odeio Amanhã lhe tenho amor
É chato chegar A um objetivo num instante Eu quero viver Nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião Formada sobre tudo...”

"Maluco Beleza"
composição: Raul Seixas
“Enquanto você Se esforça pra ser Um sujeito normal E fazer tudo igual... Eu do meu lado Aprendendo a ser louco Maluco total Na loucura real...
Controlando A minha maluquez Misturada Com minha lucidez...
Vou ficar Ficar com certeza Maluco beleza...”

obs.: depois desta música muitos começaram a chamá-lo simplismente de “Maluco Beleza” e ele aceitava este apelido com todo o gosto,
pois dizia que fez muitos vestibulares para merecer tal apelido,


Com muito respeito à esta pessoa que de forma muito intensa me influenciou e influencia,
Vladas Bartochevis

8 de março de 2009

Pelo dia da mulher

A equipe da Vírgula é formada neste momento por 16 pessoas, destas 11 são mulheres. E eu me sinto muito satisfeito por isso, pois sempre acreditei que os lábios e as mãos das mulheres são fontes de sentido para a vida.
Quanto mais espaço as mulheres tiverem no mundo, menos espaço sobrará para escolhas que não levem à beleza e à felicidade,

Vladas Bartochevis

7 de março de 2009

VÍRGULAS - Crianças criam crianças

Escrito por Kristina Survilaitė, Lituânia
O artigo da Eva me obrigou a refletir.
Já tornou-se rotina encontrar manchetes de jornais falando sobre a gravidez de adolescentes.
Uma vez lia um jornal dirigido para as adolescentes e lá uma menina de 14 ou 15 anos contava sua história. Ela de uma forma muito aberta contou sobre sua vida íntima, até os mínimos detalhes. Ela ficou grávida, seu namorado casou-se com ela, mas esta história não me lembra nem um pouco contos-de-fadas.

Que eu bem me lembre, a amiga de minha irmã deu a luz quando tinha 17 anos (agora sua filha tem 19 anos), a namorada do meu primo deu a luz quando tinha 16 anos (sua filha agora tem 15 anos), então este problema em nossa sociedade já existe a muito tempo.
Por algum motivo somos tímidos ou medrosos quando temos que falar com as crianças sobre educação sexual, mas quando sabemos que uma criança está grávida – começa o desespero, choro, acusações contra tudo e todos, menos contra sí.

A internete é um meio utilizado por um grande número de adolescentes, e mal informados escrevem á jornais e revistas perguntando como que se engravida, se a gravidez pode surgir de um simples beijo ou do sexo oral. Isso apenas mostra que a educação sexual na Lituânia é precária.

Uma vez assisti ao programa de tv de A.Cekuolis(ele tem um programa aos domingos na televisão nacional lituana), falava sobre a educação sexual na Holanda. Lá de uma forma totalmente aberta falá-se sobre relações sexuais e planejamento para a formação da família desde a mais nova idade, e por isso as famílias são firmes, o número de separações é muito baixo e normalmente apenas adultos têm bebês.

Se no lugar de artigos que falam sobre a gravidez dos adolescentes aparecessem artigos falando de onde surgi os bebês, como deve-se se proteger contra ingravidez indesejada, qual a responsábilidade é criar uma criança, quem sabe não seria preciso dar os parabém (ou os pêsames) para uma mulher de 32 anos que tornou-se avó,
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Escrito por N'cok Lama, Guiné-Bissau/Portugal

Pois é, minha cara amiga tem toda razão e ninguem te a vai tirar. Quando falei do meu tema como "arguidos das sociedades", quiz abarcar toda responsabilidade para todos nós, se não fizermos nada,ou seja, se os pais não tem tempo para as suas crianças, nem Padres, nem Profesores o farão. Podes imaginar que mesmo entrando numa sala de aula com armas na mão ninguem os repudia por isso, até alguns pais apoia a ideia, dizendo: O meu filho é um valentão! ou a minha filha, não mata mosca nenhum! Perante estas indiferenças quem é quém?


Hoje em dia, parece que pelo facto das pessoas se casarem cedo, na idade tenra, o problema é ter filho para poder ganhar benefícios económicos e depois! Todos saiem a rua a gritar: o meu filho não tem livros, ou a minha filha não tem computador e esquecem que o primeiro é dar atenção ao filho, pode ser que este nem sequer destas coisas precisa! Quando um Padre fala, todos dizem: São conversas antiquadas, e os professores ao tentarem uma, duas três vezes, são agredidos, desistem porque, tudo o que um professor pode crer nã é dinheiro, mas Edu-care: Tentar tirar algo do fundo dos pontenciais conhecimentos dos alunos, levando-os a uma maioridade... Pois, devemos fazer alguma coisa, chamar a coisa pelo nome, ensinando as crianças de que o sexo, não é brinquedo, mas uma coisa séria, na qual pode resultar aparecimento de um ser humano com necessidades avultados e que de repente partilhar o nosso brinquedo!,

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Escrito por Vladas Bartochevis, Lituânia/Brasil

Sempre acreditei que a sociedade não pode deixar apenas nas mãos dos pais a passagem dos valores, pois desta forma podemos apenas esperar que os pais tenham conciência suficiente para educar seus filhos. Porém vemos que em muitas famílias o amor e o respeito são coisas raras.

Sempre acreditei que as escolas devem não somente ensinar cálculos e teorias, mas também mostrar os caminhos e perigos da vida.

Muitos temem que uma matéria como Ensino moral pode ser o instrumento do estado para moldar a personalidade das pessoas. Este perigo é real, mas para isso a sociedade tem que estar atenta para que os objetivos sejam mentes e corações livres, sensíveis e responsáveis.

Por exemplo, eu não seria à favor de uma escola que tivesse o ensino apenas da religião católica ou somente budista. Mas seria totalmente à favor de uma escola que procurasse informar de maneira neutra sobre todas as religiões.

Com isso quero dizer que este ensino não deveria mostrar o caminho, mas fornecer conciência necessária para a escolha. Já que apenas uma pessoa conciênte é aquela que realmente tem chances de ser livre de factum, pois pode ser responsável pelos seus atos,


O Niilismo Nietzscheano na prática

Escrito por Pedro Ivo(Hadenes), Brasil

(Este texto quando eu escrevi teve como “pano-de-fundo” o ocultismo, mas nele percebi como demais perceberam que se trata de uma filosofia que deve ser aplicada no dia-a-dia de cada pessoa em todos os setores da vida, seja ele político, econômico, sentimental e religioso.)

Dentro das raízes Ocultistas Interiores a Existência e a Natureza não são duas coisas mas sim uma. Pois a Existência em si é Natural. Assim sendo a não existência, a desvalorização do “Eu Mesmo”, a separação de Realidades sobrenaturais, é anti-natural. Pois tudo que existe e se manifesta de alguma forma – mental, astral, físico – não esta abaixo e nem acima da Natureza, pois tudo faz parte do Nada e do Todo.

O Todo é a estrutura do Universo em sua matéria condensada. O Nada pode-se considerar a parte não tangível do Universo, a energia que permeia entre mundos e realidades e que muitos não percebem e quando esta se manifesta pôr um ínfimo segundo, é tratado como algo sobrenatural.

A partir destes pensamentos adequei a concepção Nietzscheana de niilismo em minhas estruturas: racionalista e idealista.

Assim sendo neste mundo – e não o Universo, mas sim este mundo, esta realidade que vivemos – eu classifico o niilismo em duas partes: niilismo negativo e niilismo positivo.

Niilismo negativo, digo que é aquele em que a humanidade em massa prendem-se em ideais sem estrutura para manter a sua existência. Onde as pessoas, cegamente, seguem um padrão moral em busca de uma recompensa em um mundo superior que nem se sabe se existe ou não, mas é seguido porque a massa segue. Sendo o niilismo vindo do latim nihil (nada), o “nada” aqui é negativo, pois aplica-se sobre a recusa do “Eu Sou”, a recusa da Natureza. É o existir não existindo. Pois o que realmente é pensado pôr essa massa não é praticado. Mas sim matam seus ideais em prol de algo nefasto e danoso, sem perguntas e sem explicações. Onde aqui há um desperdício de energia vital, astral, em busca de algo que não lhe dá retorno e que assassina a sua Liberdade e sua Vontade.

Niilismo positivo, ou como Nietszche dizia “niilismo – ativo”, é quase a mesma conclusão do filósofo em questão, mas aqui agrego à Magia e minhas concepções Ocultistas empíricas, não sendo diferente do niilismo negativo onde também trago minhas estruturas racionalistas e idealistas. Aqui o Niilismo entra em sua total concepção do Nada, mas pôr fim ele é Tudo. Pois neste há a concepção de renegar toda moral em massa, de concentrar sua energia vital em prol da Criação e do Caos.
A Criação aqui é o renegar as regras que anulam a existência em massa, e voltar para si mesmo, o Despertar ou como digo : A Ressurreição da Alma. Assim também resgatando umas de nossas épocas em que tentaram, com algum efeito, renascer a concepção de o homem ser o centro da vida e da existência e não uma forma incorpórea que brinca de “xadrez cósmico” como centro do existir. Logo renegando os padrões comuns e buscando dentro de si e agregando valor ao conhecimento externo atraído com a igualdade de energias. Ou seja, somos o Nada e o Tudo. Pois para sermos o Tudo temos de antes ser o Nada. Ser livre para pensar e agir dentro do Amor sob Sua Vontade. Não obter nenhuma amarra racional e ideológica externa dito pôr muitos, desprovendo a vida de qualquer sentido. Trazendo, fazendo nascer uma nova ordem do “Eu Mesmo”.

Eis o Caos e a Criação: Destruir toda “erva-daninha” material e espiritual que minou a Humanidade até agora, O Caos de trazer a sua vida o Nada. Direcionar as forças, energia vital, para matar os ideais em massa ainda existentes na mente. Assim em conseqüência, trazer a Criação, a Nova Ordem Interior, fazer de si um Templo Vivo, trazer para a vida o Amor sob Sua Vontade, sem amarras sem desperdícios e sem danos a você e para os outros, tornar-se o Farol da Existência. Saindo da décadent para se tornar o “Super-Homem”, o “Templo Homem”,

Semente - Oumou Seydou Tall, Senegal/Gâmbia

Lendo a história de Oumou Seydou Tall vi a imagem de uma bela e rara flor negra, a qual tem o perfume da esperança e fortes sementes chamadas perseverança e amor ao próximo.

Tall é uma grande mulher com personalidade forte, com uma postura sempre firme contrastando com seu sorriso sempre acolhedor.


Ela nasceu no Senegal em 1957 e mudou-se para Gâmbia quando tinha 17 anos. É divorciada e tem uma filha de 24 anos, porém a imprensão que passa a todos que a conhecem é que ela sente-se responsável por todas as crianças.


Ela sempre tentou usar seu dom da comunicação para trazer conquistas àqueles que precisam. Desde 1990 é secretária administrativa e relações públicas da instituição SOS-Kinderdorf, que acolhe orfãos e crianças abandonadas e tenta combater o aumento deste problema.

Também é membro da Rotary e se destaca nesta organização usando-a como instrumento para contribuir para a sociedade. Um exemplo foi sua ação em Fajara, uma cidade na costa de Gâmbia, onde ela coordenou projetos e melhorou as condições das escolas, hospitais locais e o fornecimento de água potável.


Entre grandes lutas e conquistas para as pessoas necessitadas, principalmente para as crianças, um grande destaque foi a realização do Dia Nacional de Imunização, para o qual foi necessário lutar praticamente sozinha contra todas as dificuldades.


Um grande problema para muitos países pobres é a poliomielite. Gâmbia não é excessão. O governo realizou um programa que imunizou 90% das crianças, uma grande conquista, porém os outros 10% foram esquecidos pelas autoridades de Gâmbia e as organizações internacionais.

Estes 10% incluiam as crianças mais vulneráveis e de famílias vindas da Libéria e Serra Leoa, fugindo dos conflitos internos.


Sua vontade era realizar um Dia Nacional de Imunização, para atingir todas as crianças, empenhou-se muito para isso, tanto que foi convidada para várias palestras e reuniões, porém não conseguia o apoio necessário para a realização.

Depois de mais uma reunião decepcionante, onde falou da importância daquela causa, mas recebera mais uma vez a resposta negativa quanto a qualquer apoio, acompanhou uma autoridade até o aeroporto, e lá viu o embaixador de Taiwan, Patrick Chang, correu até ele e pediu ajuda para seu projeto. Depois de 6 meses ela recebeu um cheque na quantia de 150 mil dólares, e depois disso conseguiu apoio de algumas áreas do governo. Em junho de 2007 aconteceu o dia da vacinação

Tall é conhecida por nunca se render, quando luta por aquilo que acredita
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Vladas Bartochevis

26 de fevereiro de 2009

Crianças criam crianças

Escrito por Eva Gedris, Lituânia/Polônia

Escrevo por e-mail, agora é meia-noite. Eu já na cama e na minha cabeça a rodar pensamentos.

Não faz muito tempo (não me lembro em qual país) uma criança de 12 anos tornou-se pai. Sua namorada de 15 anos deu-lhe de presente uma filha. Obscuro.


Na idade deles eu sonhava com casamentos, onde o vestido branco simbolizava a castidade. Como tudo muda. As crianças crescem mais rápido, tornam-se pais. É assim que nossa sociedade aperfeiçoou-se. As crianças, os jovens, sem um pingo de teoria se relacionam. O que fazem nesta altura os pais, professores, padres, meios de comunicação e outros tantos responsáveis em informar? Se não estou enganada, já se passaram algumas décadas que não há nas escolas da Lituânia uma matéria como „preparação para a vida em família“ e vemos os resultados: aumentou 50% os casos de separação, cada vez mais aumenta o número de mães com pouca idade, na televisão a todo momento notícias sobre violência contra bebês, abortos. É este é o modelo de família que a sociedade de hoje cria? Aquela que segue a teoria da „aprendizagem por toda a vida“, se apoia em valores, procura realizar os objetivos da vida?


As pessoas de nossa civilização tem a capacidade de usar os preservativos que os reclames anunciam, mas conversar com suas crianças sobre o que pode, e o que não pode, aí já é tabu. Os pais deixam estes temas para a escola, mas lá não se consegue, não se quer, ou não pode de forma apropriada passar aquilo que é necessário passar de acordo com a idade das crianças. Vergonha.


Castidade já não é um valor, apenas algo que se tem e procura-se quanto mais rápido desfazer-se.

Para os pedagogos das escolas é obscuro, pois a gravidez em menores transforma-se em norma. „Nem és a primeira nem última“, diz a direção da escola. Vem a pergunta: o que se faz para que seja a última? Nada.


Voltemos para o exemplo anterior. Aquele pai com o rosto de criança tornou-se famoso, vários meios de comunicação concorrem por uma entrevista com ele. Fala-se quanto renderá para ele sua biografia. Isto é tolerância ou motivação para outras crianças? Pois se o resultado de tal comportamento é: crianças criam crianças, crianças casam-se e crianças se separam.

Criemos um futuro melhor para nossas crianças e comecemos a conversar com eles já hoje,

"Arguidos das Sociedades"

Escrito por N'cok Lama, Guiné-Bissau/Portugal
O tema pode parecer enfadonho, mas é uma suposta realidade que desde sempre acompanhou os nossos antepassados, vai nos acompanhar e está preparada para acompanhar as futuras gerações. Nós somos cidadãos dentro e fora dos nossos países e neste papel de cidadãos, somos julgados todos os dias pelos nossos prodígios e fracasso. Nunca ouvimos dizer que a “Sociedade” foi ao julgamento por ter cometido um delito, mas sim um cidadão. Ouvimos dizer que, algumas sociedades fracassaram, mas, para lhe dar corpo, escolhe-se a sociedade de uma determinada era. Se formos ver a suposta “Sociedade” é escolhida entre a camada de adolescentes, jovens ou adultos e não do Universo. Alguns países podem estar imunes a tal responsabilidade, porque os membros que representaram esta sociedade fizeram algo para se verem livres de tamanha culpabilidade. Ora, quando refiro que somos "Arguidos das Sociedades", quero com estas palavras entre aspas, chamar atenção para um facto que leva a cometer um suposto pecado que é o seguinte: muitos dizem – A SOCIEDADE ATUAL ESTÁ TOTALMENTE LOUCA! Ou seja, A SOCIEDADE ESTÁ PERDIDA!

Agora pergunto: Quem é a Sociedade? Eu reconheço-me como membro de uma sociedade. Assim sendo, não devo de modo algum (Posso estar enganado!) dizer que a Sociedade está perdida, porque considero a "Sociedade" como a cabeça que representa um corpo. Por isso, quando a cabeça se perde, não existe corpo nenhum que se sustenta, a não ser que seja o corpo de uma estátua. Pois, nessa Sociedade de estátuas, todos podem perder as suas respectivas cabeça e ambos ficam aí parados ou em um movimento relativo em relação a dos seus observadores. Com este tema, quero dizer que somos componentes privilegiados das Sociedades que representamos, se ao longo das nossas vidas não fizermos nada, somos julgados pelas nossas fracas condutas, pelo nosso fraco empenho. Isto é, somos julgados porque devíamos dar uma opinião, não o fizemos, porque não tivemos tempo e agora tudo está parado. A culpa não será dos Governantes, porque também somos governos de nós mesmos até isso ser provado contrário pelas "Sociedades" que nos Julgam.

De salientar que, logo aos 18 anos (para não blasfemar na idade em termos de tomada de compromissos para com a Sociedade), podemos fazer o nosso projeto, comprometermo-nos para com a nossa Sociedade. Assim, quando formos julgados por ela, possamos levantar a mão e defender-nos perante o Arguente (A Sociedade), provando a nossa inocência. Eu estou hoje a escrever estas palavras, porque não quero que a "Sociedade" me venha julgar quando já não existir. Muitos fizeram-no e hoje estamos a agradecer o seu desempenho. Só para dar alguns Exemplos flagrantíssimos: Albert Einstein; Blaize Pascal, Charles Darwin; Izack Newton; Nelson Mandela... Presumo que gostariam que uma destas pessoas batesse a vossa porta e vos convidasse para tomar um café ou para em conjunto pensarem o que querem das vossas vidas e de um futuro risonho para a vossa “ Arguente”, tenho plena certeza que, teriam rasgado o bilhete que compraram para ver a vossa famosa banda de música e seguir o homem como o fizeram os Doze Apóstolos de Jesus Cristo, ao abandonarem os seus afazeres, sem promessas seguiram-no. Querem ser Homens de amanhã? Então, Convido-vos a refletir perante esta nossa condição de "ARGUIDOS DAS SOCIEDADES". Não queremos ser julgados por algo que não fizemos e tivemos tempo de o fazer! Pois então, porque é que estamos tão passivos, digamos alguma coisa, pode ser que entre nós apareça uma figura proeminente. Se a rir se constroem os costumes, porque é que estamos sérios?,

Semente - Johann Olav Koss

"A bola para combater a miséria"

Johnn Olav Koss nasceu em 29 de outubro de 1968 na Noruega. É um dos maiores patinadores da história. Em 1990 tornou-se pela primeira vez campeão mundial e daquele ano em diante ganhou 7 títulos mundiais e 4 medalhas de ouro olímpicas. Obteve 10 recordes mundiais.

Em 1994 ele encerra sua carreira e torna-se embaixador da UNICEF e membro do Comitê Olímpico Internacional.


Koss fundou a organização Right To Play, que tenta usar o esporte como meio para combater a miséria no mundo. O seu alvo principal são as crianças, tentando, atravéz do esporte, ensiná-las sobre a importância do trabalho em equipe, da força de vontade, do respeito a sí e ao próximo, da responsabilidade. Sabendo que estes valores tem como resultado o bem de toda a comunidade.

Os projetos desta organização, que tem sua sede no Canadá, já estão em desenvolvimento em 23 países, como por exemplo no Chade, Etiópia, Guiné, Líbano, Ruanda, Tailândia. Já atingi 500 mil crianças.


Muitos atletas apoiaram e apoiam esta idéia. Um exemplo é o patinador americano Joey Cheek, que doou para a organização o prêmio em dinheiro que recebeu ao ganhar a medalha de ouro nas Olimpíadas de Inverno de 2006.


Johnn Olav Koss conta que no início os jornais da Europa, EUA e Canadá ironizavam dizendo que “ele está tentando levar a bola para aqueles que esperam comida”. Porém da boca das pessoas das comunidades onde atua há apenas o apoio incondicional. Um membro de uma das comunidades disse que muitas organizações por alí passaram trazendo alimentos, mas é a Right to play que veio tentar alimentar a alma das pessoas,


*Abaixo um clip da organização Right To Play:



Obs.: na segunda foto Joey Cheek e Johnn Olav Koss
*O site oficial da organização é http://www.righttoplay.com/site/PageServer?pagename=homepage

Vladas Bartochevis