7 de março de 2009

VÍRGULAS - Crianças criam crianças

Escrito por Kristina Survilaitė, Lituânia
O artigo da Eva me obrigou a refletir.
Já tornou-se rotina encontrar manchetes de jornais falando sobre a gravidez de adolescentes.
Uma vez lia um jornal dirigido para as adolescentes e lá uma menina de 14 ou 15 anos contava sua história. Ela de uma forma muito aberta contou sobre sua vida íntima, até os mínimos detalhes. Ela ficou grávida, seu namorado casou-se com ela, mas esta história não me lembra nem um pouco contos-de-fadas.

Que eu bem me lembre, a amiga de minha irmã deu a luz quando tinha 17 anos (agora sua filha tem 19 anos), a namorada do meu primo deu a luz quando tinha 16 anos (sua filha agora tem 15 anos), então este problema em nossa sociedade já existe a muito tempo.
Por algum motivo somos tímidos ou medrosos quando temos que falar com as crianças sobre educação sexual, mas quando sabemos que uma criança está grávida – começa o desespero, choro, acusações contra tudo e todos, menos contra sí.

A internete é um meio utilizado por um grande número de adolescentes, e mal informados escrevem á jornais e revistas perguntando como que se engravida, se a gravidez pode surgir de um simples beijo ou do sexo oral. Isso apenas mostra que a educação sexual na Lituânia é precária.

Uma vez assisti ao programa de tv de A.Cekuolis(ele tem um programa aos domingos na televisão nacional lituana), falava sobre a educação sexual na Holanda. Lá de uma forma totalmente aberta falá-se sobre relações sexuais e planejamento para a formação da família desde a mais nova idade, e por isso as famílias são firmes, o número de separações é muito baixo e normalmente apenas adultos têm bebês.

Se no lugar de artigos que falam sobre a gravidez dos adolescentes aparecessem artigos falando de onde surgi os bebês, como deve-se se proteger contra ingravidez indesejada, qual a responsábilidade é criar uma criança, quem sabe não seria preciso dar os parabém (ou os pêsames) para uma mulher de 32 anos que tornou-se avó,
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Escrito por N'cok Lama, Guiné-Bissau/Portugal

Pois é, minha cara amiga tem toda razão e ninguem te a vai tirar. Quando falei do meu tema como "arguidos das sociedades", quiz abarcar toda responsabilidade para todos nós, se não fizermos nada,ou seja, se os pais não tem tempo para as suas crianças, nem Padres, nem Profesores o farão. Podes imaginar que mesmo entrando numa sala de aula com armas na mão ninguem os repudia por isso, até alguns pais apoia a ideia, dizendo: O meu filho é um valentão! ou a minha filha, não mata mosca nenhum! Perante estas indiferenças quem é quém?


Hoje em dia, parece que pelo facto das pessoas se casarem cedo, na idade tenra, o problema é ter filho para poder ganhar benefícios económicos e depois! Todos saiem a rua a gritar: o meu filho não tem livros, ou a minha filha não tem computador e esquecem que o primeiro é dar atenção ao filho, pode ser que este nem sequer destas coisas precisa! Quando um Padre fala, todos dizem: São conversas antiquadas, e os professores ao tentarem uma, duas três vezes, são agredidos, desistem porque, tudo o que um professor pode crer nã é dinheiro, mas Edu-care: Tentar tirar algo do fundo dos pontenciais conhecimentos dos alunos, levando-os a uma maioridade... Pois, devemos fazer alguma coisa, chamar a coisa pelo nome, ensinando as crianças de que o sexo, não é brinquedo, mas uma coisa séria, na qual pode resultar aparecimento de um ser humano com necessidades avultados e que de repente partilhar o nosso brinquedo!,

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Escrito por Vladas Bartochevis, Lituânia/Brasil

Sempre acreditei que a sociedade não pode deixar apenas nas mãos dos pais a passagem dos valores, pois desta forma podemos apenas esperar que os pais tenham conciência suficiente para educar seus filhos. Porém vemos que em muitas famílias o amor e o respeito são coisas raras.

Sempre acreditei que as escolas devem não somente ensinar cálculos e teorias, mas também mostrar os caminhos e perigos da vida.

Muitos temem que uma matéria como Ensino moral pode ser o instrumento do estado para moldar a personalidade das pessoas. Este perigo é real, mas para isso a sociedade tem que estar atenta para que os objetivos sejam mentes e corações livres, sensíveis e responsáveis.

Por exemplo, eu não seria à favor de uma escola que tivesse o ensino apenas da religião católica ou somente budista. Mas seria totalmente à favor de uma escola que procurasse informar de maneira neutra sobre todas as religiões.

Com isso quero dizer que este ensino não deveria mostrar o caminho, mas fornecer conciência necessária para a escolha. Já que apenas uma pessoa conciênte é aquela que realmente tem chances de ser livre de factum, pois pode ser responsável pelos seus atos,


O Niilismo Nietzscheano na prática

Escrito por Pedro Ivo(Hadenes), Brasil

(Este texto quando eu escrevi teve como “pano-de-fundo” o ocultismo, mas nele percebi como demais perceberam que se trata de uma filosofia que deve ser aplicada no dia-a-dia de cada pessoa em todos os setores da vida, seja ele político, econômico, sentimental e religioso.)

Dentro das raízes Ocultistas Interiores a Existência e a Natureza não são duas coisas mas sim uma. Pois a Existência em si é Natural. Assim sendo a não existência, a desvalorização do “Eu Mesmo”, a separação de Realidades sobrenaturais, é anti-natural. Pois tudo que existe e se manifesta de alguma forma – mental, astral, físico – não esta abaixo e nem acima da Natureza, pois tudo faz parte do Nada e do Todo.

O Todo é a estrutura do Universo em sua matéria condensada. O Nada pode-se considerar a parte não tangível do Universo, a energia que permeia entre mundos e realidades e que muitos não percebem e quando esta se manifesta pôr um ínfimo segundo, é tratado como algo sobrenatural.

A partir destes pensamentos adequei a concepção Nietzscheana de niilismo em minhas estruturas: racionalista e idealista.

Assim sendo neste mundo – e não o Universo, mas sim este mundo, esta realidade que vivemos – eu classifico o niilismo em duas partes: niilismo negativo e niilismo positivo.

Niilismo negativo, digo que é aquele em que a humanidade em massa prendem-se em ideais sem estrutura para manter a sua existência. Onde as pessoas, cegamente, seguem um padrão moral em busca de uma recompensa em um mundo superior que nem se sabe se existe ou não, mas é seguido porque a massa segue. Sendo o niilismo vindo do latim nihil (nada), o “nada” aqui é negativo, pois aplica-se sobre a recusa do “Eu Sou”, a recusa da Natureza. É o existir não existindo. Pois o que realmente é pensado pôr essa massa não é praticado. Mas sim matam seus ideais em prol de algo nefasto e danoso, sem perguntas e sem explicações. Onde aqui há um desperdício de energia vital, astral, em busca de algo que não lhe dá retorno e que assassina a sua Liberdade e sua Vontade.

Niilismo positivo, ou como Nietszche dizia “niilismo – ativo”, é quase a mesma conclusão do filósofo em questão, mas aqui agrego à Magia e minhas concepções Ocultistas empíricas, não sendo diferente do niilismo negativo onde também trago minhas estruturas racionalistas e idealistas. Aqui o Niilismo entra em sua total concepção do Nada, mas pôr fim ele é Tudo. Pois neste há a concepção de renegar toda moral em massa, de concentrar sua energia vital em prol da Criação e do Caos.
A Criação aqui é o renegar as regras que anulam a existência em massa, e voltar para si mesmo, o Despertar ou como digo : A Ressurreição da Alma. Assim também resgatando umas de nossas épocas em que tentaram, com algum efeito, renascer a concepção de o homem ser o centro da vida e da existência e não uma forma incorpórea que brinca de “xadrez cósmico” como centro do existir. Logo renegando os padrões comuns e buscando dentro de si e agregando valor ao conhecimento externo atraído com a igualdade de energias. Ou seja, somos o Nada e o Tudo. Pois para sermos o Tudo temos de antes ser o Nada. Ser livre para pensar e agir dentro do Amor sob Sua Vontade. Não obter nenhuma amarra racional e ideológica externa dito pôr muitos, desprovendo a vida de qualquer sentido. Trazendo, fazendo nascer uma nova ordem do “Eu Mesmo”.

Eis o Caos e a Criação: Destruir toda “erva-daninha” material e espiritual que minou a Humanidade até agora, O Caos de trazer a sua vida o Nada. Direcionar as forças, energia vital, para matar os ideais em massa ainda existentes na mente. Assim em conseqüência, trazer a Criação, a Nova Ordem Interior, fazer de si um Templo Vivo, trazer para a vida o Amor sob Sua Vontade, sem amarras sem desperdícios e sem danos a você e para os outros, tornar-se o Farol da Existência. Saindo da décadent para se tornar o “Super-Homem”, o “Templo Homem”,

Semente - Oumou Seydou Tall, Senegal/Gâmbia

Lendo a história de Oumou Seydou Tall vi a imagem de uma bela e rara flor negra, a qual tem o perfume da esperança e fortes sementes chamadas perseverança e amor ao próximo.

Tall é uma grande mulher com personalidade forte, com uma postura sempre firme contrastando com seu sorriso sempre acolhedor.


Ela nasceu no Senegal em 1957 e mudou-se para Gâmbia quando tinha 17 anos. É divorciada e tem uma filha de 24 anos, porém a imprensão que passa a todos que a conhecem é que ela sente-se responsável por todas as crianças.


Ela sempre tentou usar seu dom da comunicação para trazer conquistas àqueles que precisam. Desde 1990 é secretária administrativa e relações públicas da instituição SOS-Kinderdorf, que acolhe orfãos e crianças abandonadas e tenta combater o aumento deste problema.

Também é membro da Rotary e se destaca nesta organização usando-a como instrumento para contribuir para a sociedade. Um exemplo foi sua ação em Fajara, uma cidade na costa de Gâmbia, onde ela coordenou projetos e melhorou as condições das escolas, hospitais locais e o fornecimento de água potável.


Entre grandes lutas e conquistas para as pessoas necessitadas, principalmente para as crianças, um grande destaque foi a realização do Dia Nacional de Imunização, para o qual foi necessário lutar praticamente sozinha contra todas as dificuldades.


Um grande problema para muitos países pobres é a poliomielite. Gâmbia não é excessão. O governo realizou um programa que imunizou 90% das crianças, uma grande conquista, porém os outros 10% foram esquecidos pelas autoridades de Gâmbia e as organizações internacionais.

Estes 10% incluiam as crianças mais vulneráveis e de famílias vindas da Libéria e Serra Leoa, fugindo dos conflitos internos.


Sua vontade era realizar um Dia Nacional de Imunização, para atingir todas as crianças, empenhou-se muito para isso, tanto que foi convidada para várias palestras e reuniões, porém não conseguia o apoio necessário para a realização.

Depois de mais uma reunião decepcionante, onde falou da importância daquela causa, mas recebera mais uma vez a resposta negativa quanto a qualquer apoio, acompanhou uma autoridade até o aeroporto, e lá viu o embaixador de Taiwan, Patrick Chang, correu até ele e pediu ajuda para seu projeto. Depois de 6 meses ela recebeu um cheque na quantia de 150 mil dólares, e depois disso conseguiu apoio de algumas áreas do governo. Em junho de 2007 aconteceu o dia da vacinação

Tall é conhecida por nunca se render, quando luta por aquilo que acredita
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Vladas Bartochevis