10 de fevereiro de 2011

Alguns pensamentos sobre este novo mundo

Dorota Skočik escreve
Algumas pessoas são condenadas a ficar em algum lugar “pelo meio”. No limite, algum lugar ao lado, alí, não aqui. Quando paro para pensar, muitas vezes exatamente assim eu me sinto. Apesar de ter nascido no interior, sempre senti que me faltava algo alí ou que eu não era dalí, porém na cidade também me sentia diferente. Apesar de ter nascido na Lituânia, desde criança conversava em outra língua em casa: pois bem, e me sentia diferente. Quando terminei a escola pudi finalmente viajar para o país onde eu podia estudar e em toda parte falar a língua materna, mas entendi que mesmo alí sentia-me como estranha, e as outras pessoas percebiam isto. Eu sou mulher, mas as vezes parece que em mim há algo de homem, que de todas as formas tenta sair de mim, e se eu tentasse ignorar: seria apenas pior para mim mesma. Talvez este dualismo interior explica um pouco a teoria a qual afirma que a vida é movimento, que tudo muda a cada segundo e nunca volta ao ponto de partida. Nunca o mesmo pensamento vem a mente, podem apenas serem parecidos. E ainda mais interessante: nunca encontramos as mesmas pessoas, pois até mesmo as pessoas que conhecemos, se transformam a cada segundo.

Se tudo o que vejo é transformado e novo, por que não olhar para tudo com novos olhos? Pois estruturas e posições existem exatamente para serem quebrados, superados...

Um comentário:

  1. Gostei! Muito bom. Penso que é um problema de todas as personalidades fortes, já que os outros têm tendência para seguir uma cultura dominante e fortalecem esta cultura assim. Não seria uma coincidência quando a sua personalidade caba perfeitamente com as normas que valem na sociedade em que vive...

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