22 de dezembro de 2008

I texto - Globalização

O tema que hoje tocarei é um tema tão complexo, importante e actual, que será aqui discutido muitas vezes. Portanto este é apenas o primeiro texto sobre este assunto...

O mundo é bem menor do que antes, podemos em algumas horas atravessar oceanos, em alguns segundos enviar e receber correspondências, sair na rua e encontrar representantes de todas as raças, ouvir diversos idiomas em poucos metros, ir ao mercado de uma pequena cidade e comprar um vinho australiano, chileno ou sulafricano.
Porém isto tudo é bom ou ruim? O fato do mundo estar menor é sinônimo de estar mais unido?

Estamos em um degrau da história da evolução humana chamado globalização.
Nas esferas econômicas e de informação a globalização está bem desenvolvida, já na esfera política o nível de desenvolvimento é bem menor, porém mesmo assim bem visível. A regionalização que cada vez mais ganha forca – ex.: União Européia, Mercosul, União Africana, União Asiatica, etc., nos mostra qual caminho estamos seguindo.
Não duvido que no futuro haja uma moeda mundial, que haja verdadeiras leis mundiais, que haja um único exército ou nenhum exército, que haja um governo legítimo mundial em forma de federação, onde cada estado(nação) será independente em termos de cultura e idioma, mas interligados para a economia e a cooperação. As únicas fronteiras que existirão serão delineadas naturalmente pelos traços de cada cultura. Não serão necessários carimbos em passaportes, apenas o respeito à diferença.

Mas também não duvido que até chegarmos a este ponto do progesso humano os povos não caiam na tentação do nacionalismo, de se fecharem em sí e repudiar tudo o que for estranho para proteger-se.
Olhemos para nós mesmos: as vezes é tão claro que aquele é o nosso caminho depois de tanto errarmos, mas sempre temos que mais uma vez errar, pela última vez, para então sim ter a certeza que não há outro caminho. A Segunda Guerra mundial, a Guerra Fria, poderiam já ter sido o último erro, todavia talvez ainda não. Quem sabe o terrorismo mostre que já não é necessário nem coerente fronteiras e ambições unilaterais? Talvez.

É verdade que as consequências desta actual globalização podem ser já os motivos para dar dois, três passos para trás.
Muitas vezes o que está a ocorrer hoje nos faz lembrar um balde onde se joga todas as tintas, e as tintas com mais quantidade naturalmente prevalecem e as mais fracas desaparecem.
A perda da identidade é algo muito sério sentido por muitos no mundo.
Precisamos estar fortemente enraizados para que possamos, como as árvores, viver e se abrir ao mundo sem temer perder-se. E as raizes das pessoas é a cultura.

O princípio de uma globalização madura tem de ser o incentivo à aproximação, incentivo para a cooperação e ao mesmo momento proteger as diferenças, proteger as identidades, proteger as culturas.
O fim das fronteiras e união do mundo não pode significar homogeneização, mas sim um convite para conhecer o outro, para dar e receber. para a interacção,

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