Escrito por Dorota Skočik:
A principal exigência para o relacionamento é a comunicação. Parece que a comunicação é algo tão banal e óbvio que não é necessário livros ou professores para nos ensinar a comunicar-se e relacionar-se. Porém se olharmos com atenção para nossa relação com a família, amigos, vizinhos, assim como a relação mútua entre os políticos, pessoas famosas e comuns ,e suas tentativas de viverem em harmonia um com o outro, parece que desde os tempos mais remotos ninguém se entende.
As vezes nós mesmos não sabemos ou tememos falar o que esperamos realmente dos outros, ou tentamos transmitir aos outros um “eu” embelezado e não verdadeiro.
Quando olhamos de forma mais atenciosa para a nossa vida social parece que ninguém se reslaciona para dividir a sua compreensão do mundo e experiências, apenas para conquistar vantagens ou alcançar um certo objetivo. Resumidamente: quase não resta relacionamento puro e natural, aquele relacionamento que não tem outro fim se não ele mesmo.
Seria pena aos poucos esquecer o prazer de um convívio natural e de repente sentir-se só ao lado de outra pessoa, em vez de sermos convictos de que nem eu nem o outro não estamos direcionados para objetivos próprios, mas sim juntos criamos a realidade do momento. Entregando-se para o incopiável sentimento de que estamos em comum, que vivemos no mundo o qual nós mesmos criamos... isto seria o infinito mundo dos solitários indivíduos cheio de idéias, no qual entregando-se ao sentimento comum iriamos todos no mesmo sentido, teriamos um só objetivo e simplismente teriamos o prazer do estar junto.
Relação, tão simples e ao mesmo tempo tão difícil. Difícil não se tornar marionetes, ator de sí próprio, o qual não quer perder o seu “rosto bom”. Ainda mais difícil é não tornar-se sombra e não juntar-se à sociedade das sombras, onde ninguém vê seu próprio rosto e nem o dos outros, e todos os membros no fundo do coração gostariam de fugir da solidão.
Um de nossos deveres como sendo homo socialis, criai tal sociedade a qual fosse o trampolim de cada indivíduo e não a pedra a qual leva ao fundo,
1 de fevereiro de 2009
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